Como surge o vício? 6 causas de dependência na infância

Os pais sempre querem o melhor para seus filhos e se esforçam para protegê-los de todos os perigos. A seguir, você descobrirá quais experiências dolorosas podem ser responsáveis ​​por uma criança tender para o uso de drogas, que papel os pais desempenham nisso e por que uma infância superprotegida pode abrir caminho para o vício.

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1. Falta de resposta às necessidades

Quando os bebês necessitam de algo, choram alto ou se comportam de maneira diferente. Se alguém vier atender a essa necessidade, tudo ficará bem por algum tempo. Isso não tem nada a ver com manipulação ou chantagem, mas um mecanismo de proteção muito natural e importante.

Se você deixar a criança gritar, você a expõe a um estresse físico e psicológico contínuo, o que pode ter efeitos de longo prazo em seu desenvolvimento. A criança se sente impotente e abandonada - exatamente o oposto do que é chamado de "confiança básica". As consequências de disso podem ser insegurança, incapacidade de criar vínculos e também suscetibilidade ao vício.

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2. Nunca ouvir um "não"

Enquanto alguns pais deixam seus filhos berrando - com os efeitos negativos já mencionados - outro extremo também pode ocorrer: muitos pais dão total atenção aos filhos desde o nascimento, reagem a todas as suas menores necessidades e falham em ensinar que a criança não pode ter tudo o que deseja o tempo todo. Por nunca dizerem “não” e tudo girar em torno da criança, ela não aprende a lidar com as frustrações. Mais cedo ou mais tarde ela terá suas vontades negadas pelo mundo e ficará sem chão. Na pior das hipóteses, mais tarde, essa pessoa poderá buscar consolo em um vício.

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3. Excesso de cuidados

Certamente nem tudo era melhor no passado, mas havia uma certa serenidade e naturalidade no trato com as crianças. Hoje em dia existe uma consciência muito maior dos perigos e, consequentemente, uma maior obsessão por segurança. O comportamento temeroso dos pais pode ser problemático porque pode impedir os filhos de passarem por suas próprias experiências e erros, e também de terem uma sensação de realização.

Para que as crianças se tornem autoconfiantes e não virem adultos que possam recorrer a "muletas", como as drogas, elas precisam ver que podem agir por conta própria experimentar a parte do aprendizado quando algo dá errado.

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4. Fazer pressão 

Todo pai quer que o filho seja bom aluno ou se destaque em algo, por isso, muito treinam seus filhos para obterem bom desempenho porque temem que, de outra forma, eles futuramente não consigam se manter no mercado de trabalho e sejam excluídos socialmente. As crianças afetadas aprendem que o valor de uma pessoa depende exclusivamente de seu desempenho. As que não tiram boas notas acabam achando que não são boas o suficiente.

O perigo deste tipo de educação é, por um lado, que a criança não se sinta amada ou que isso apenas aconteça quando ela atende a certas expectativas. Por outro lado, seus limites não são respeitados e ela nem percebe quando algo está ficando demais para ela. Por tudo isto, lógico que essa criança pode se tornar um adulto que recorre a drogas ou a alguma substância para aumentar sua autoconfiança e/ou seu desempenho.

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5. Ter o tempo livre todo tomado

As crianças precisam de liberdade. Mesmo que pareça paradoxal, aqueles que enchem o dia dos filhos com compromissos - não importa que sejam atividades como futebol em um clube ou aula de música - podem criar um vazio interior e tédio na criança. Quando as crianças têm um tempo livre que realmente merece este nome, elas podem deixar sua criatividade e imaginação correrem soltas e se tornarem ativas e interessadas. Se as sugestões sempre vêm de fora, as crianças são empurradas para um papel passivo e isso pode ter consequências negativas.

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6. Recompensa

Muitos viciados usam drogas como meio de autogratificação e isso também pode ter raízes na infância. Porque, intuitivamente, recompensar faz parte da educação de quase todos os pais para fortalecer positivamente um comportamento bom e adequado. O problema é que recompensas e punições são apenas dois lados diferentes da mesma moeda. Quando o incentivo ou o medo são grandes, eles podem ser usados para fazer uma criança se comportar de determinada maneira, mas não dão a ela uma explicação de porque esses comportamentos dão desejáveis ou não.

As recompensas também liberam hormônios da felicidade no cérebro e isso cria um vício e um desejo constante de ter essa sensação seja através  de drogas ilícitas, comida, álcool ou qualquer outra coisa. Negociações como “Se você for legal agora, iremos para o parquinho mais tarde” também pertencem a esta categoria.

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É ÓBVIO que os pais nem sempre são os culpados quando alguém se vicia em drogas. Mas a infância é o momento decisivo para o desenvolvimento pessoal e, portanto, também o momento em que as causas do vício podem ser encontradas. Também é importante perceber que nem tudo o que é bem-intencionado é necessariamente bom para a criança. Muitos dos erros de educação descritos são baseados na própria insegurança ou conveniência dos pais.

Imagens de capa: © Flickr/Isaac Leedom © Flickr/kynan tait

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